Lagarta-das-Palmeiras: Incidência no período pré-Primavera e manejo eficiente

As palmeiras são símbolos de elegância em jardins e áreas verdes de alto padrão. Presentes em áreas comuns como condomínios e praças ou em residências, elas conferem imponência e valorizam os espaços. Porém, a beleza dessas plantas pode ser ameaçada por pragas que se alimentam de suas folhas e brotos. Entre elas, a lagarta-das-palmeiras (Brassolis sophorae), também chamada de lagarta-do-coqueiro, é uma das mais comuns e preocupantes — especialmente no período pré-primavera, quando as condições são ideais para sua proliferação.

Este artigo explica por que essa praga se torna mais frequente antes da primavera, quais danos ela causa e como realizar um manejo eficiente e seguro, garantindo a saúde das palmeiras e a estética do jardim.

A Importância das Palmeiras e o Risco das Pragas

Com cerca de 3.500 espécies conhecidas, reunidas em 240 gêneros, a família Arecaceae (Palmae) é amplamente utilizada no paisagismo brasileiro. As palmeiras se adaptam bem a diferentes regiões e são escolhidas por seu porte, beleza e rusticidade. Porém, estão sujeitas ao ataque de diversas pragas, que podem comprometer o desenvolvimento, a produtividade (no caso de espécies alimentícias) e principalmente o visual.

As pragas podem atacar folhas, caule (estipe), raízes, flores e frutos. No caso da Brassolis sophorae, o principal alvo são os folíolos, que podem ser completamente desfolhados quando há grandes infestações.

Biologia da Lagarta-das-Palmeiras

A Brassolis sophorae é uma borboleta de hábitos crepusculares. Seu ciclo de vida é um dos pontos-chave para o controle:

  • Ovos – Postos em grupos de até 100 sobre as folhas;
  • Eclosão – Ocorre após 20 a 25 dias, dando origem às lagartas;
  • Lagarta – Esta é a fase mais voraz. As lagartas são gregárias, vivem em ninhos feitos de folhas unidas por seda e saem ao entardecer para se alimentar. Chegam a medir até 8 cm de comprimento no último estágio de desenvolvimento;
  • Pupa – Após 50 a 90 dias, transformam-se em pupa, fixando-se na planta ou em estruturas próximas. Permanecem de 11 a 15 dias até emergir o adulto.

O ciclo completo dura em média 80 a 125 dias, permitindo duas gerações anuais — motivo pelo qual muitos jardins enfrentam ataques no fim do inverno/início da primavera e novamente no verão.

Sinais de infestação

Detectar precocemente a presença da lagarta é fundamental para reduzir danos. Os principais sinais são:

  • Ninhos de folhas unidas por seda nas copas;
  • Folhas com folíolos parcialmente ou totalmente consumidos;
  • Acúmulo de fezes (em forma de pequenas pelotas) no solo;
  • Presença de pupas presas em paredes, troncos ou estruturas próximas às plantas.
Danos às palmeiras

A desfolha é o principal problema, e em casos graves pode comprometer totalmente a estética da planta. Palmeiras desfolhadas perdem vigor e se tornam mais suscetíveis a outras pragas e doenças. Infestações repetidas podem levar à morte de indivíduos jovens ou debilitados.

Além disso, há o impacto psicológico: muitas pessoas têm aversão à presença de lagartas, o que pode gerar reclamações em condomínios e espaços de uso coletivo.

Período Pré-Primavera: Por que é  rítico?

O final do inverno e o início da primavera criam as condições ideais para o surgimento dessa praga:

  • Temperaturas mais altas aceleram o desenvolvimento dos ovos e das lagartas;
  • Umidade crescente favorece a sobrevivência das larvas;
  • Brotações novas são mais nutritivas e atraentes para alimentação.

Esse conjunto de fatores explica por que o período pré-primavera é a época em que mais ocorrem surtos de lagarta-das-palmeiras.

Manejo e  controle da Lagarta-das-Palmeiras

O manejo deve ser feito de forma planejada, unindo monitoramento e intervenções técnicas.

  1. Controle Mecânico: Em palmeiras menores ou em casos de baixa infestação, é possível eliminar manualmente os ninhos de lagartas, reduzindo a população.
  2. Controle Biológico:O uso de bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Bt) é uma alternativa segura e eficaz. Esse microrganismo paralisa a alimentação da lagarta, levando à morte em até 72 horas. O fungo Beauveria bassiana também pode ser usado, sendo eficiente em condições de alta umidade.
  3. Controle Químico Seletivo: Em infestações severas, podem ser usados inseticidas de baixa toxicidade, sempre aplicados de forma direcionada e preferencialmente ao entardecer, para atingir as lagartas no momento em que saem para se alimentar.
  4. Monitoramento Contínuo: Inspeções semanais no período pré-primavera ajudam a identificar posturas e ninhos precocemente, permitindo intervenções rápidas antes que o dano se torne visível.

A lagarta-das-palmeiras é uma praga recorrente em jardins e áreas verdes, e sua incidência no período pré-primavera exige atenção redobrada. O monitoramento preventivo, o uso de bioinseticidas e o manejo técnico especializado são essenciais para evitar desfolhas severas e manter o jardim saudável e esteticamente impecável.

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